Aos cem anos de Belo Horizonte
Meus olhos
Se debruçam sobre a grande muralha
E de lá eu enxergo todo o meu universo:
Em dias de luta
Vejo um povo bonito e cortês
Caminhando pelas ruas
Por onde passaram Sabino e Drummond
Enquanto o gigante silencioso
Adormece à beira do lago
Para explodir de alegria
Nas tardes de domingo
Enxergo uma esquina
Onde nasceu um clube
Um clube de Beto, Lô e Bituca
Um clube que criou asas
Rompeu montanhas e fronteiras
Mas que todas as tardes retorna
Para repousar em seu berço
Na grande praça
A liberdade paira sobre as palmeiras
E o grande palácio
Enquanto que no pulmão verde
O outro transpira fantasia
Deixando meu universo pleno
De Arte e Cultura
Eu sei que além dessas montanhas
Existem outras montanhas
E que lá mais adiante
Existe um oceano infinito e azul
Mas eu, como um ímã
Permaneço pregado e feliz
Nessa grande muralha de ferro
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